INTRODUÇÃO
A família Bianchi, iniciou-se na atividade avícola na década de 40, quando o filho de imigrantes italianos Luiz Emanoel Bianchi na Fazenda Paraíso, formou um plantel de diversas raças de galinhas.
Após a adesão, na década de 60, ao frango branco de corte, que revolucionou a avicultura no mundo, a família voltou a se interessar, no início dos anos 80, pelo carijó e por outras raças mais rústicas, diante das mudanças nos hábitos de consumo, com a valorização dos produtos naturais e, particularmente, da galinha caipira.
Com um trabalho genético intenso foi desenvolvida a linhagem Paraíso Pedrês; aves totalmente adaptadas ao nosso clima com grande rusticidade e ótimo ganho de peso.
Atualmente os pintinhos de 1 dia de linhagem Paraíso Pedrês são comercializados para todo o território nacional, e podem ser adquiridas com nossos distribuidores. Embora especializadas em produção de carne são muito utilizados para produção de ovos caipira.
PLANEJAMENTO DA CRIAÇÃO
Sistema confinado: no sistema confinado as aves são criadas em galpões por todo o seu ciclo de produção.
Os galpões têm paredes baixas, medindo de 30 a 50 cm de altura com telas e cortinas plásticas para um maior controle de chuva e ventos.
A lotação ideal de cada galpão varia conforme a construção e o clima, normalmente trabalha-se com 9 a 12 aves/m2.
O comprimento destes galpões é variável, mas a largura não deve ultrapassar os 12 metros para uma melhor aeração.
Ciclo de produção médio.......................................49-60 dias
Limpeza, desinfecção e descanso...........................14 dias
Período gasto para criação de um lote.....................63-74 dias
Portanto cada galpão poderá ser utilizado para criação de 5 à 6 lotes/ano.
Sistema semi-confinado: neste sistema as aves são criadas até 2 ou 3 semanas de vida em galpões fechados protegidos de predadores, ventos, frio e chuva, após este período as aves têm acesso a piquetes com área de 3 a 5 m2 por ave.
Nestes piquetes as aves adquirem o hábito de ciscar, comer sementes de capim, insetos e ainda qualquer alimentação alternativa.
Lembramos que as aves sempre deverão dormir em galpão coberto podendo contar com poleiros ou piso ripado suspenso, maravalha ou palha de arroz no chão.
O galpão além de ser fonte de água e comida das aves durante o dia, passa a ser à noite, o refúgio contra predadores.
Algumas condições quanto às construções:
- Local: Fácil acesso, facilitando a entrada e saída de pintos, ração, cama, gás, frango, etc.
- Água: De boa qualidade e quantidade.
- Orientação dos galpões: Sentido leste-oeste, com finalidade de evitar a incidência de sol diretamente sobre as aves.
CRIAÇÃO DOS PINTOS
1 - CAMA
Na criação das aves utilizamos uma "cama" para que as mesmas não fiquem em contato com o piso.
Vários materiais poderão ser usados como cama, destacando-se como melhores: sabugo de milho triturado, cepilho de madeira (maravalha), casca de arroz, capim napier (maduro, sem as folhas, triturado e bem seco).
OBS: Casca de amendoim e bagaço de cana devem ser evitados, devido a problemas com fungos.
Maravalha de madeira de lei deve ser evitada em virtude de seu alto nível de tanino e sua facilidade de lascar.
Requisitos para uma cama de boa qualidade:
- Macia e compressível.
- De fácil aquisição e preço acessível.
- Livre de fungos e substâncias tóxicas.
- Aproveitável como subproduto (adubação, alientação de gado, peixes, etc.).
A cama deve ter uma altura de 3 a 5 cm para melhor absorção de umidade.
2 - EQUIPAMENTO
Recomenda-se um círculo de proteção que pode ser de chapa prensada ou laminados (tipo eucatex) com cerca de 60 cm de altura e 2,50 metros de comprimento, utilizar 3 a 4 chapas (500 pintos), prender as mesmas com grampos de madeira ou metal, sobrepondo as pontas para que se possa regular a área do círculo.
Utilizar comedouros e bebedouros infantis específicos para pintos dando preferência a modelo que dificultem o desperdício e impeçam ao pinto defecar sobre a ração.
A temperatura ideal para os pintos é de 30 à 33 graus centígrados, e as equipamentos na área delimitada pelo círculo, nos primeiros dias de criação.
3 - CHEGADA DOS PINTOS
- Abasteça com água e ração e ligue a fonte de calor, antes de soltar os pintos no círculo.
- Coloque os pintos dentro do círculo e assegure-se que os mesmos tenham localizado a água e a fonte de calor, em seguida elimine as caixas de transporte.
- Em dias quentes observe o comportamento dos pintos; se apresentarem asas e pescoço estendidos ou bicos abertos, não ligue a fonte de calor.
- A partir do momento da chegada dos pintos, devem ser mantidos atualizados os registros sobre mortalidade, consumo de ração, vacinações, medicamentos administrados, etc.
- Aumentar as áreas dos pintos a cada 2 ou 3 dias até as aves estarem ocupando todo o galpão. As ilustrações a seguir indicam como se deve manejar a fonte de calor, segundo a sua utilização.
ALIMENTAÇÃO
A ração representa 65 à 75% do custo da produção das aves, portanto deve-se ter especial cuidado na sua aquisição e na manutenção de sua qualidade.
Toda ave, mesmo sendo Caipira Paraíso Pedrês, deve receber uma ração balanceada, pois a boa qualidade da alimentação é que vai lhe dar uma ave sadia e com ótima conversão alimentar.
Alimentação alternativa é recomendável sempre que além do baixo custo, mantenham-se boas condições de higiene.
PROGRAMA SANITÁRIO
- VACINAÇÕES
As aves Paraíso Pedrês são selecionadas no incubatório e vacinadas no 1º dia contra doenças de Marek, Gumboro e Bouba aviária. O esquema de vacinação no campo vai depender da região de criação e seus desafios característicos.
- TRATAMENTO
A prevenção é o melhor e mais econômico método de controle de doenças. Envolve a adoção de normas de isolamento, desinfecção, manejo e vacinação; não obstante, doenças podem surgir apesar do emprego dessas medidas, necessitando-se então consultar um veterinário para obter informações corretas sobre o tratamento da enfermidade.
PROGRAMAS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE GRANJAS.
A redução ou controle ou mesmo a erradicação das doenças são objetivos que devem ser alcançados, visando proporcionar o incremento dos lucros com a criação.
Sugerimos as seguintes medidas para que se possa conseguir estes objetivos:
- Varrer as instalações (teto, piso, telas, ao redor dos galpões, etc.).
- Queimar as penas e detritos com lança-chamas ou vassoura de fogo, dentro e ao redor do galpão.
- Lavar e desinfetar equipamentos e cortinas.
- Levantar as cortinas que deverão permanecer fechadas até a secagem completa das instalações.
- Distribuir o material da nova cama e aplicar desinfetante.
- Deixar o galpão em descanço da criação de um lote para outro, no mínimo 14 dias.
- Durante a criação, toda ave morta, enferma ou refugo deve ser retirado do galpão, sacrificada se for o caso, em seguida,incinerada ou lançada na fossa.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
SISTEMA CONFINADO
IDADE
(SEM.) CONSUMO DE
RAÇÃO/AVE (g)
ACUMULADA PESO
MEDIO (g) CONVERSÃO ALIMENTAR 03 820 450 1,82 04 1395 750 1,86 05 2190 1100 1,99 06 3162 1550 2,04 07 4280 2000 2,12 08 5428 2350 2,23
NO SISTEMA SEMI-CONFINADO os resultados variam de acordo com a alimentação alternativa e o espaço disponível para exercícios. Neste caso, a carne do frango se apresentará muito mais endurecida, precisando de Panela de Pressão para seu cozimento.
ORIENTAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DE AVES DE POSTURA CAIPIRA:
É necessário a suplementação de cálcio, via ração ou calcáreo na fase de postura.
Deve-se tomar cuidado com o peso das aves, principalmente no período da recria (de 4 a 18 semanas).
Um programa de iluminação acima de 10 lux é necessário para o desenvolvimento sexual das aves, maior uniformidade e maior produção. De 27 a 30 watts por m2, consegue-se atingir um total de 10.7 lux. Segue tabela de programação de luz:
De 0 a 8 semanas - Luz natural. De 9 a 16 semanas - 12 horas. De 17 a 18 semanas - 14 horas. De 19 a 75 semanas - 17 horas.
Luzes de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do galinheiro, com 4 metros de distância uma das outras e 3 metros de altura.
Sugestão de programa de vacinação:
IDADE TIPO DE VACINA VIA DE APLICAÇÃO 7 dias Newcastle HB1 +
Bronquite 52 + GumboroOcular ou água 25 dias Bouba Forte Membrana da asa 35 dias Newcastle La Sota +
Bronquite H52 + GumboroÁgua 50 dias Coriza Hidróxido de Alumínio Injetável na coxa 70 dias Newcastle La Sota + Bronquite H52 + Gumboro Água 100 dias Encefalomielite Água 120 dias Coriza Oleosa Injetável no peito 135 dias Vacina Tríplice Oleosa +
Newcastle + Bronquite +
EDSInjetável no peito
Colocar o ninho a partir da 15 ou 16 semana. Deve ser forrado com maravalha. O ideal é estar a 35 cm de altura do piso, com uma abertura de frente e fundo de 35 cm, ou seja, 35 x 35cm. É necessário também uma ripa de madeira de 5 cm na entrada do ninho, para evitar o disperdício da maravalha.
Mantendo estes cuidados e não deixando a galinha engordar você obterá até 280 ovos por ano.
A Fazenda Aves do Paraíso, visando estreitar o laço entre a empresa e a escola, desenvolveu um trabalho de parceria que beneficiará, principalmente, os alunos das Escolas Agrotécnicas e Universidades de todo o Brasil, que poderão desenvolver um trabalho prático na criação do legítimo frango caipira brasileiro. A Fazenda Aves do Paraíso doou os pintinhos e as escolas, completando esta parceria, estão realizando estudos, para levar até nossos clientes as melhores formas de viabilizar a avicultura alternativa. O resultado destas pesquisas serão disponibilizados neste site. Escolas que já estão realizando trabalhos: ETE Benedito Storani - Jundiaí - SP ETE Dr. Carolino da Mota e Silva - Espírito Santo do Pinhal - SP Escola Agrotécnica Federal - Inconfidentes - MG Escola Agrotécnica Federal - Muzambinho - MG Escola Agrotécnica Federal - Bambuí - MG Escola Agrotécnica Federal - Cárceres - MT Escola Superior de Agronomia Luís de Queiroz - ESALQ - SP Universidade Católica Dom Bosco - Campo Grande - MS Escola Agrotécnica Federal - Alegre - ES ETE Sebastiana Augusta de Moraes - Andradina - SP Universidade Federal da Paraíba - Areias - PB O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA , através do DIPOA – Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal, estabeleceu normas para frango caipira e produção de ovos. Serviço Público Federal Do: Chefe da Divisão de Operações Industriais - DOI Os grandes avanços científicos e tecnológicos ocorridos nos últimos anos nos mais diversos setores das atividades ligadas à agropecuária tem propiciado o surgimento de inúmeros novos produtos destinados a um público consumidor cada vez mais esclarecido e interessado em novidades que atendam às suas necessidades. Há, por outro lado, em todo o mundo, especialmente na área de alimentos uma tendência crescente pela procura dos produtos chamados naturais, ou seja, aqueles obtidos a partir de criações ou de culturas nas quais se adotam técnicas de manejo livres ao máximo de artificialismo que possam alterar de alguma forma o produto final. Em consequência com a tendência mencionada, é bem conhecimento em nosso país o apreço conferido por uma parcela significativa de consumidores ao denominado “Frango Caipira ou Frango Colonial” ou “FrangoTipo ou Estilo Caipira” ou “Tipo ou Estilo Colonial”. Ocorre que a oferta do genuino frango caipira éreduzida o que, em consequência,torna esse produto demasiado caro e, portanto, inacessível a grande parte da população. Ultimamente, entretanto, começaram a aparecer algumas iniciativas de produtores interessados em atender a demanda existente em relação a tal produto,apresentando alternativa em princípio viável. Em face do exposto, após criteriosa avaliação dospedidos e dos correspondentes esclarecimentos de produtos específicos e,ainda, levando em conta os compromissos assumidos pelos mesmos, a Divisão de Operações Industriais – DOI, do DIPOA, houve por bem aprovar o emprego da designação “Frango Caipira ou Frango Colonial” ou “Frango Tipo ou Estilo Caipira” ou “Tipo ou Estilo Colonial” na identificação de frangos em cuja produção, nas suas diversas fases, sejam fielmente observadas as seguintes condições: É importante ressaltar, ainda, que na operacioalização da produção do “Frango Caipira ou Frango Colonial” ou “Frango Tipo ou Estilo Caipira” ou “Tipo ou Estilo Colonial” , devem ser atendidos os seguintes requisitos: a) Cadastramento de todas as granjas decriação junto ao Serviço de Inspeção Federal. Deve conter neste cadastro nome e inscrição de produtor rural,capacidade de alojamento, endereço e localização (planta de situação). Fica estabelecido, finalmente, que a Divisão de Operações Industriais – DOI procederá, sempre que julgar necessário, a auditorias “in loco” incluindo as granjas de produção, para assegurar-se de que as condições fixadas nopresente documento estão sendo integralmente atendidas. Dependendo do resultado das mencionadas auditorias, a presente concessão poderá ser cancelada. O presente documento, deverá ser adotado a partir desta data. Antonio Jorge Camardelli Para informações adicionais e atualização da legislação acesse a página Serviço Público Federal Do: Diretor do departamento de Inspeção de Produtos de OrigemAnimal - DIPOA -Considerando que cada vez mais estão presentes no mercado competitivo de alimentos produtos obtidos em sua forma natural. Antonio Jorge Camardelli E quanto à qualidade da carne e dos ovos da galinha caipira? VoltarComo se produz um frango caipira? VoltarEis algumas dicas dos especialistas para essa primeira etapa da criação: VoltarQuais as dicas para uma alimentação saudável? VoltarVoltar Quais são os sistemas de produção? VoltarO preço de um frango caipira é muto superior ao industrial? VoltarExistem outros estudos sôbre a galinha caipira ? VoltarVoltar O label rouge se limita à criação de frangos? VoltarExistem outros estudos sobre a galinha caipira?
CAIPIRA LIGHT A linhagem leve do frango caipira brasileiro proporciona a oportunidade de se obter uma carne com pouco acúmulo de gordura sob a pele, sendo assim chamado de Caipira Light. |
Temos uma criação de aves caipiras para comercialização e estamos enfrentando alguns problemas. Espero que possam nos ajudar, uma vez que as pesquisas feitas não nos mostram muitas alternativas nem nos dão respostas, e em nossa região não encontramos nenhum veterinário que nos dê respaudo.
ResponderExcluirTemos mais ou menos 30 galihas e 40 frangas em idade de postura e 8 galos, os ovos chocados nas galinhas nascem em média 90% enquanto os colocados na chocadeira em temperatura e humidade e quantidade indicados no manual da mesma tem tido aproveitamento de apenas 20 a 30%, sendo que a conservação e higenização dos ovos também vem sendo feitas com recomendado.
Na primeira semana de vida dos pintos temos usado a vacina Newcastle, e apenas ela pois não encontramos outros tipos de vacina para aves em nossa região, na 3ª semana de vida revacinamos as aves. Mas mesmo assim não estamos tendo muito exito, e temos muitas duvidas:a respeito das doenças que atingem as aves, tais como emagrecimento, espirros, coriza e inflamação dos olhos, o que posso fazer?
Qual tipo de vacina previne essas doenças? Qual a melhor medicação a usar?
Quais os causadores dessas doenças?
Aguardamos resposta. Obrigada, Eliane e Tiago
email: iane2yane@hotmail.com e tiagoloro@hotmail.com
Vacine de coriza e desinfete a chocadeira com amônia quaternária.
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ResponderExcluiroi bom dia! me chamo Anderson
ResponderExcluireu estou montando uma criacao de galinhas caipiras
e gostariam da ajuda de vocês para tirar algumas duvidas...
Quantos metros quadrado é necessário por galinhas
Como eu faço para identificar a raça paraiso pedrês e a label
Qual o modelo apropiado de galpao para as criaçao... obrigado
andersonlira27@hotmail.com
Parabéns pela explanação ...
ResponderExcluirParabéns pela explanação ...
ResponderExcluirQuanto que ta sendo o preço do pontinho pesadão de um dia
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